Roteiros Pedagógicos
Nossa proposta consiste em oferecer atividades lúdicas e didáticas, desenvolvidas em locais de interesse histórico, artístico e patrimonial de Ouro Preto, em sintonia com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e com a lei 10.639/03. Os roteiros são elaborados para atender aos diferentes níveis de ensino do fundamental ao médio, com atividades específicas de acordo com o projeto pedagógico de cada unidade escolar.
Além de visitas guiadas, os roteiros pedagógicos oferecem rodas de conversa com artistas locais, que trarão diferentes perspectivas e vivências sobre a história e a cultura da cidade. Essa troca de experiências contribui para a valorização da cultura e história de matriz africana, promovendo a reflexão e a conscientização sobre a diversidade cultural.
A interdisciplinaridade também é uma das características dos nossos roteiros pedagógicos, que propõem atividades que envolvem diferentes áreas do conhecimento. Essa abordagem amplia a visão dos estudantes sobre os assuntos abordados e estimula a criatividade e a imaginação.
Os roteiros pedagógicos têm como objetivo proporcionar uma aprendizagem significativa, por meio de atividades práticas e dinâmicas que promovem o ensino além do espaço escolar. Acreditamos que essa experiência pode ser enriquecedora para os estudantes e contribuir para a formação de cidadãos críticos e conscientes.
As irmandades e suas igrejas
O percurso permite conhecer, através das construções das igrejas de irmandades, como a sociedade colonial se organizava na antiga Vila Rica; suas divisões, meios de inserção social, além de conhecer as principais festividades religiosas e civis do Brasil oitocentista.
Em visita à Igreja de São Francisco de Assis é possível conhecer o trabalho e o planejamento artístico de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. No interior, a pintura de mestre Ataíde cria uma ilusão de ótica que conduz o olhar do visitante para um céu em que reina uma Nossa Senhora mulata. No adro da Igreja das Mercês de Baixo é possível vislumbrar a serra de Ouro Preto e as principais minas de ouro do século XVIII.
A administração lusitana em terras brasileiras
A caminhada abrange o coração da antiga administração portuguesa; conhecemos seus prédios públicos, hoje ocupados por Museus e sessões administrativas, e os símbolos gerados ao longo do tempo por meio da ressignificação das narrativas históricas. No trajeto, encontramos a estátua de Tiradentes, oMuseu da Inconfidência, a Casa da Cultura, antiga Ouvidoria e residência de Tomás Antônio Gonzaga, além da famosa feira de pedra-sabão, onde será possível conversar com artistas da região que perpetuam o trabalho artístico nascido séculos atrás.
Minas de ouro do século XVIII
No complexo de Mineração é possível conhecer três galerias subterrâneas. Na Mina do Chico Rei, conhecida no passado como Mina da Encardideira, vamos conhecer a história de Galanga Muzinga, rei
de seu povo no Congo que foi trazido para Minas Gerais, como escravizado, para trabalho nas galerias subterrâneas.
Chico Rei, como ficou conhecido, conseguiu sua liberdade e comprou a alforria de inúmeros africanos. A partir de sua atuação na sociedade da
época, foi construída a Igreja de Santa Efigênia, a santa negra; e iniciou-se as festividades do Congado em terras de Vila Rica. As minas do Palácio Velho e Bijoca fazem parte do circuito que permite ampliar a
percepção sobre o trabalho africano nas minas de ouro.
Casa da Cultura Negra e Irmandade de S. Efigênia
Na Casa da Cultura Negra haverá uma roda de conversa e exibição de vídeos sobre as tradições congadeiras em Minas Gerais, de forma a compreender melhor o processo de formação da sociedade da época, bem como perceber como se deu a permanência nas tradições de narrativa oral e nos cânticos entoados nas celebrações.
A roda de conversa é complementada com uma visita ao interior da "igreja dos escravos", onde será possível ter atenção para os elementos africanos presentes na talha e na pintura da igreja. No alto, uma santa negra e grávida, aponta para a influência da arte de matriz africana na elaboração dos símbolos católicos, exibindo a vitalidade de um sincretismo único.
Os museus e suas narrativas
O percurso permite conhecer os arcervos dos principais museus de Ouro Preto e busca evidenciar as diferentes narrativas que eles elaboram sobre a formação social, política e cultural deste território.
É possível conhecer o Museu da Inconfidência e o panteão dos heróis, fundado em 1944 durante o governo de Getúlio Vargas. O percurso inclui a Casa de Gonzaga, importante edifío do século XVIII que foi residência do inconfidente Tomaz Antonio Gonzaga, marcante poeta do arcadismo brasileiro; por último é possível conhecer a Casa Museu Alberto da Veiga Guinard, importante artista plástico modernista que elaborou um visão singular sobre essa trincentenária cidade.
Reserve o seu roteiro!
Traga sua escola e proporcione uma nova experiência pedagógica.
Aqui a história passeias pelas ruas e ladeiras dessa cidade tricentenária!
Olhares do Tempo
