Núcleo Antônio Dias
A região do atual bairro de Antônio Dias formava com a região do Padre Faria os principais arraiais de exploração do ouro. Em meados do século XVIII, com o fim do ouro de aluvião, iniciou-se o processo de escavação da serra em busca do cobiçado metal.
A região de Antônio Dias possui um imenso complexo minerário na serra, entre as cavas subterrâneas mais famosas destaca-se a mina de Chico Rei, importante personagem para a comunidade negra da região do Alto da Cruz. Na igreja matriz do bairro se encontram sepultados os restos mortais do patrono das artes no Brasil, Antônio Francisco Lisboa, o famoso Aleijadinho.
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Coube ao bandeirante Antônio Dias a iniciativa da construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, por volta de 1699. O rápido crescimento da população do arraial de Antônio Dias que, em 1711, passara a fazer parte da recém criada Vila Rica, exigiu a construção de um novo templo. Assim sendo, em 1727 iniciou-se a construção da atual Matriz de Antônio Dias, cujo projeto é atribuído a Manoel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho.
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Não é possível compor uma cronologia das obras da Matriz, sabe-se que os trabalhos de construção foram iniciados um ou dois anos antes do que os da Matriz do Pilar, e tiveram um ritmo bem mais lento. Em 1741/1742, pelo menos uma das torres já devia estar concluída, conforme se infere do pagamento feito a Manoel Francisco Lisboa pelo conserto do sino.

As minas de ouro do século XVIII
As minas nos revelam mais do passado, ajudam a entender o processo de povoamento e exploração do território, nos ensina sobre nossa identidade como coletividade.
​Mostram, sobretudo, como o negro, apesar do processo de apagamento de sua contribuição cultural, reelaborou novas formas de viver e experenciar.